É fácil enumerar diversos motivos para que alguém sinta dificuldade em se livrar de coisas e sentimentos. Muitas vezes, guardamos algo de alguém que se foi como uma homenagem, até sermos capazes de realizar nossa despedida interna.
Há, ainda, o desejo de se precaver contra todas as eventualidades que o futuro possa trazer. Vai que ocorra uma enchente e você precise daquela galocha guardada há anos. Nesse caso, é uma necessidade parecida com a que nos faz carregar uma mala pesada quando viajamos por temermos ficar desprotegidos.
Pode ser também insegurança com relação ao futuro, medo de se livrar e não conseguir aquilo novamente, a preguiça de tomar uma decisão (jogo fora ou não o relógio que parou de funcionar?). Além disso, libertar-se do que está sobrando na nossa vida contradiz um valor muito cultuado hoje. Vivemos numa época em que lutamos o tempo todo para que as coisas não fujam de nossas mãos.
Sem falar que viver tropeçando no que não serve acaba atravancando o fluxo de energia. “Toda casa tem uma energia, que no feng shui é chamada de "chi”. “O chi não circula em ambientes atulhados, cheios de objetos, saturados. A energia fica estagnada”. Essa regra vale também para coisas que ficam paradas durante muito tempo. Se não quer se livrar de algo, torne-o útil.
É preciso ler os livros comprados, consertar o que está quebrado, tirar o aparelho de jantar de porcelana do armário. Não há razão para manter enfurnados objetos você julga importantes. É você que faz um momento ser especial para merecê-los.
O primeiro passo para liberar a área é, sem dúvida, estar disposta a isso. Não adianta separar coisas que, em poucos minutos voltarão para o lugar de origem. Jogar coisas fora pede coragem e manda uma mensagem para o mundo: "quero me renovar "!
Fonte: Trechos do texto "O jogo de jogar coisas fora" escrito por Ivonte Lucírio para revista Bons Fluídos
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